26 de outubro de 2015

GNR abriram a "Caixa Negra" no Coliseu do Porto

O icónico Coliseu do Porto recebeu na passada sexta-feira uma das mais amadas bandas da cidade invicta, os GNR, em plena tour de promoção ao novo álbum, Caixa Negra. Parecia faltar à entrada o frenesim caraterístico das grandes noites, mas a verdade é que a sala estava praticamente cheia no momento em que Rui Reininho, Jorge Romão e Tóli César Machado entraram em palco, perante um público de faixas etárias bem diversas, efeito de mais de 30 anos de carreira.

Samuel Palitos na bateria, Tiago Maia na guitarra e Paulo Borges nas teclas foram os homens da retaguarda, enquanto Jorge Romão percorria o palco com energia incessante, Tóli, multi-instrumentista que iniciou a atuação sentado ao teclado, mas lançando mão, ao longo da noite, ao acordeão e à guitarra elétrica e acústica, e por fim Rui Reininho, sendo ele próprio, profícuo em poses elegantes e por vezes sarcáticas, e com intervenções sociopolíticas acutilantes.

“Caixa Negra” e “Triste Titan”, tirados do novo álbum, abriram a atuação, e a partir daí foi uma viagem nos tempos, aos atuais e aos idos. “Efectivamente” criou a primeira (dentre muitas) ondas de entusiasmo nas plateias, tribunas e frisas, tal como “Pós-Modernos” e “Mais Vale Nunca”.





Como a noite era especial, houve lugar a convidados. Se alguns seriam escolhas seguras e até expectáveis, outras foram surpreendentes. Apresentado por Reininho como o “melhor a sair de entre os postes”, o primeiro convidado foi… Helton. O agora ex-titular da baliza do FC Porto revelou-se um excelente entertainer, e deu voz - com competência - ao clássico “Inferno”, de Roberto Carlos. Mais à frente, o tema “Dançar SOS” contou com a primeira aparição de Rita Redshoes, e três temas depois, surgir Tim, que trouxe um tema bem antigo dos Xutos, “Quando eu morrer”, e ainda cantou um tema “sobre a Boavista”, “Bellevue”.

O novo tema “MacAbro” e o antigo “Nova gente” contaram com a presença da dupla de mariachis (!) Los Cavakitos, a anteceder “Pronúncia do Norte” cantado a duas vozes (a de Reininho e a do público) e “Morte ao sol”, de novo com Rita Redshoes, precedida, num momento notável, pela gaita-de-foles de Gonçalo Marques.

Para o encore ficaram “Corpos”, “Morrer em Português”, “Ana Lee” e o incontornável “Dunas”, a fechar mais de duas horas de espetáculo.

Fotografia e texto: João Fitas

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